Junho, 2006 Issue(No2)
RIFA Top Koryu Top Japanese English

Mensagem da Suíça

Este ano vamos receber “Mensagens da Suíça” através da senhora Kayoko Tsujimura. Ela abriu da Suíça o Home Page de RIFA e nos enviou o e-mail. Ela morou em Ritto na época de escola primária, ginasial e colegial. Em 1988 foi para Zurich, Suíça, onde começou a trabalhar num restaurante japonês e em 1990 casou-se com Peter. Agora, ela está levando uma vida feliz com seu marido e um filho. Ela diz: “Mesmo morando em Suíça, nunca esquecí que eu sou japonesa.”

GRUEZY (Boa tarde em português). Estou escrevendo da Suíça.  Eu, Kayoko Tsujimura, vim para Suíça em março de 1998 pela primeira vez. Na época nunca passou pela cabeça que eu ia morar na Suíça. Pois, estava pensando em ficar um ano até aprender a língua vendo a cultura.


 Eu nascí em Kobe, Japão. Quando estava na 3ª série da escola primária mudei para Ritto. Depois morei sempre em Ritto. Pensava por cima que eu ia sair de Ritto só quando casar, e assim estava passando a minha juventude. Desde dessa época pensava que a mulher tinha que ter uma profissão e conseguir igualdade, mas a realidade era diferente. Para mim que tinha a formação até o colegial não tinha muitas esperanças, mas lembro nitidamente a palavra do chefe da cozinha do Hotel Biwako: “A partir de agora, a mulher tem que sair para o exterior e ver várias coisas. Que tal, senhorita Tsujimura? Mudará a sua visão sobre o mundo.” Essa palavra foi não somente um estímulo, mas marcou o coração. Eu sentí que para acompanhar a geração era preciso ver e sentir outras culturas e línguas. Sim, eu fiquei muito curiosa!
 Com o empurro dessas palavras eu vim para Suíça, um lugar que não tinha nenhum conhecimento. A Suíça localiza-se no meio da Europa, com 6 milhões de habitantes (7 milhões de habitantes atualmente), e conhecido como um país neutro permanente. Usa-se 4 línguas. Para mim é impossível. Não é como o dialeto de Kansai, Tokyo, Kyushu e Tohoku, e sim o alemão, francês, italiano e românico. São línguas completamente diferentes. No tamanho de Kyushu, com 6 milhões de habitantes falando 4 línguas diferentes. Foi um choque cultural!! Em uma hora, pode atravessar a Alemanha, França e Áustria. Para mim é impossível. No ano que eu cheguei, atravessei 5 países: Suíça, França, Alemanhã, Áustria e Lichtenstein. São 5 países, não é? Fiz isso em um dia. Para a amiga que mora aqui, parece que isso é impossível. A viagem de uma semana ou de 10 dias que os japoneses fazem pagando uma nota, não tem muito significado. A imagem sobre as férias é diferente dos japoneses. Com o valor da viagem de uma semana que os japoneses pagam, aqui podem fazer uma viagem de três semanas. Eles tem 4 a 5 semanas de férias por ano. É impossível gastar tanto em uma semana. E ainda tem as férias de Páscoa, Natal e outras relacionadas ao cristianismo. Para os japoneses é difícil pensar em ter tantas férias como estes. Agora eu penso na vida em que os japoneses usam o tempo. É uma dor de cabeça. A vida está alongando até aos 70 ou 80 anos. Isso, se estiver com saúde. As velhinhas e os velhinhos daqui são muito fortes. Tem as colunas retas. Gostaria de aprender com eles. Quero envelhecer desta forma, com muita saúde. E passar o tempo dando a importância ao tempo de estar junto com a família e com os amigos.  Eles são muito preciosos para mim que moro aqui, fora do Japão. Acho que mudou um pouco o meu conceito dos valores, pois moro quase 20 anos aqui. Mas, fico muito feliz em ter a chance de mandar mensagens para as pessoas de Ritto. Ficarei muito feliz em transmitir da Suíça alguns aspectos diferentes na próxima edição. Até breve.           

                        

Da Suíça, com muito carinho

Kayoko Tsujimura



Junho, 2006 Issue(No2)

<<Voltar  Próxima>>